25.12.08

ΑΝΤΙΝΟΟΣ

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ANTINOO
Fernando Pessoa

A chuva cai, e ele jaz
como alguém que de seu amor esqueceu todos os gestos
E jaz desperto à espera que regressem quentes.
Suas artes e brincos ora são ceo a Morte.
Humano gelo é este sem calor que o mova;
Estas cinzas de um lume não chama há que acenda.

Que ora será, Adriano, a tua vida fria ?
Quão vale ser senhor dos homens e das coisas ?
Sobre o teu império a ausência dele desce como a noite.
Nem há manhã na esperança de um deleite novo;
Ora de amor e beijos viúvas são as tuas noites;
Ora os dias privados de a noite esperar;
Ora os teus lábios não têm fito em gozos,
Dados ao nome só que a Morte casa
À solidão e à mágoa e ao temor

Tuas mãos tacteiam vagas alegria em fuga
Ouvir que a chuva cessa ergue-te a cabeça,
E o teu relance pousa no amorável jovem.
Desnudo ele jaz no memorado leito;
Por sua própria mão ele descoberto jaz.
Aí saciar cumpria-lhe teu senso frouxo,
Insaciá-lo, mais saciando-o, irritá-lo
Com nova insaciedade até sangrar teu senso.

Suas boca e mãos os jogos de repôr sabiam
Desejos que seguir te doía a exausta espinha.
Às vezes parecia-te vazio tudo
A cada novo arranco de chupado cio.
Então novos caprichos convocava ainda
À de teus nervos, carne, e tombavas, tremias
Nos teus coxins, o imo sentido aquietado.
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(poesia originalmente escrita em inglês, tradução de Jorge de Sena)

10.12.08

ΛΑΪΟΣ ΚΑΙ ΧΡΥΣΙΠΠΟΣ

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Na mitologia grega, Laio era filho de Lábdaco, rei de Tebas. Seu pai foi morto por bacantes vingativas pela repressão ao culto a Dionísio. Como Laio ainda era criança, a regência de Tebas foi entregue a Lico. Quando os tiranos Anfião e Zeto mataram o regente e tomaram o poder na cidade, o príncipe foi exilado na Frígia, na corte do rei Pélope. Lá, enamorou-se de Crisipo, filho de Pélope e príncipe-herdeiro do trono frígio. Para viver seu amor, Laio armou um plano: ofereceu-se para escoltar o rapaz até os jogos de Neméia, onde ele iria participar como atleta. Após as competições, em vez de retornar à Frígia, Laio raptou Crisipo e fugiu para Tebas, onde pretendia recuperar o trono de seu pai. Furioso, Pélope perseguiu-os, mas Crisipo, temendo a humilhação e a punição do pai, além de instigado por seus meio-irmãos Atreu e Tiestes, cometeu suicídio atirando-se num poço. Por ter perdido o herdeiro, Pélope culpou Laio e lançou sobre ele uma maldição: se tivesse um filho, seria morto pelo próprio e sua descendência sofreria conseqüências trágicas.
Laio continuou vivendo em Tebas, onde conheceu a jovem Jocasta (irmã do nobre Creonte) e se casou com ela. Após a morte dos tiranos Anfião e Zeto, Laio foi chamado pelos cidadãos a assumir o trono e, assim, a dinastia labdácida foi reconduzida ao poder. Por causa da maldição, tentou evitar ter filhos e, quando nasceu o primogênito, mandou furar-lhe os pés e abandoná-lo no Monte Citerão. Mas o bebê acabou recolhido por um pastor e batizado como Edipodos (o de pés furados), ou Édipo.
De acordo com a mitologia, a maldição de Pélope, conhecida como "Maldição dos Labdácidas" (a dinastia tebana iniciada com Lábdaco), foi concretizada quando o filho de Laio, Édipo, matou o pai e desposou a própria mãe, Jocasta, sem saber.
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Na Mitologia grega, Crisipo era filho ilegítimo de Pélope e da ninfa Axíoque e meio-irmão de Atreu, Tiestes e Alcatos.
Ainda jovem, foi levado pelo Rei Laio de Tebas para ser condutor de uma quadriga, nos jogos de Nemeia. Na verdade era um plano de Laio para raptar o jovem e forçá-lo a ser seu amante em Tebas. Mas Pélope recuperou-o mais tarde à força de armas.
Hipodâmia, sua madrasta, odiava-o, e teia que um dia se tornasse rei, ao invés dos seus filhos. Convencidos pela mãe, Atreu e Tiestes mataram Crisipo, atirando-o para um poço. Após o crime, Pélope expulsou Hipodâmia e os seus dois filhos, que se refugiaram em Micenas.
Segundo outra versão, Crisipo se matou de vergonha por causa de Laio, e isso fez Pélope amaldiçoar Laio e seus descendentes
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pt.wikipedia.org
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