25.5.11

Ο ΗΡΑΚΛΗΣ ΚΑΙ ΟΙ ΕΡΩΜΕΝΟΙ ΤΟΥ 2


O poeta Teócrito de Siracusa (século III a.C.), num de seus idílios (XIII), faz o elogio do amor de Héracles pelo jovem Hilas, cujo pai fora morto pelo heroi; ele o acompanhou na expedição dos Argonautas, quando foi raptado pelas ninfas de uma fonte, que se apaixonaram por sua beleza. Dirigindo-se ao amigo –ou amante- Nícias, diz-lhe que eles, os mortais, não foram os primeiros a serem contemplados com o amor:
“O filho de Anfitrião (Héracles), o herói de coração duro que enfrentou um leão feroz ama também a um menino, o gracioso Hilas de belos cabelos encaracolados. Ele ensina-lhe tudo, como um pai a seu filho querido […]: ele nunca o abandona, nem à chegada do entardecer, nem quando a Aurora de brancos cabelos avança em direção a Zeus […]. Pois ele quer que o menino seja elevado segundo seu coração, e que, seguindo seu propio exemplo, ele se torne verdadeiramente um homem” […]
Na expedição da qual participava con seu amado Héracles, Hilas não deixou de servi-lo, como Ganimedes a Zeus: “Por seu lado, o loiro Hilas toma um vaso de bronze e vai procurar água para a refeição de Héracles e para o inabalável Telamon, os companheiros que comiam sempre à mesma mesa.”
Apaixonadas por sua beleza, as ninfas da água raptaram o jovem Hilas. Desesperados, Héracles buscou em toda a parte o seu amado, inutilmente: “Héracles, impaciente por reencontrar o jovem, saltava entre o enmaranhado de sarças, percorrendo várias regiões em seu busca.”
“Infelizes amantes! En suas buscas por entre as montanhas e florestas de carvalhos, quanta fatiga sofreu o herói”. Enraivecido, o herói fez diversos reféns que só libertou com a promessa destes procurarem por Hilas enternamente.

Amílcar Torrão Filho: Tríbades galantes, fanchonos militantes. Homossexuais que fizeram história (Ed. GLS, 2000)

10.5.11

Ο ΗΡΑΚΛΗΣ ΚΑΙ ΟΙ ΕΡΩΜΕΝΟΙ ΤΟΥ 1

Héracles era filho do adulterio de Zeus e da mortal Alcmena, esposa de Anfitrião. Era venerado como um deus por sua força, senso de justiça e coragem. Os aristocratas gregos consideravam-se descendentes de Hércules, os heráclidas. Tanto na Grécia, como Héracles, como em Roma, como Hércules, ele era considerado um símbolo de virtude cívica e filosófica.
Embora tehna tido várias esposas e, segundo a lenda, ter deflorado cinqüenta virgens em uma noite, a tradição informa que ele teve catorze amantes masculinos; como a maioria dos gregos, ele não era indiferente ao amor dos homens. Seus principais amantes masculinos foram seu sobrinho Iolau (a quem Hércules presenteou com uma esposa, Megara, provalmente como paga pelos bons serviços prestados), Filoctetes, Nestor, Jasão, Adônois e o jovem Hilas.
Alem de cultuado por sua força física e espírito cívico, era também um símbolo de fidelidade para casais masculinos, que por muito tempo fizeram juras e promesas na –suposta- tumba de seu amante Iolau. Em memória a este amor eram celebradas en Tebas as Ioléias, jogos ginásticos e eqüestres nas quais armas e vasos de bronze eram presentados aos vencedores.

Amílcar Torrão Filho: Tríbades galantes, fanchonos militantes. Homossexuais que fizeram história (Ed. GLS, 2000)

Representação de Héracles num vaso grego no século V a.C. do Museu do Louvre, Paris.
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