28.2.13

ΕΡΩΣ ΚΑΙ ΑΝΤΕΡΩΣ 2

Aphrodite segurando uma balança com Eros e Anteros.

E, qual vento ou um eco que, ressaltando nas superfícies lisas e sólidas, regressa ao ponto donde partiu, assim o fluxo vindo da beleza regressa de novo ao jovem belo através dos olhos que são a entrada natural da alma. Penetrando nela, excita-a e irrigalhe os canais de saída das penas, impele o brotar da plumagem e enche de amor, por sua vez, a alma do amado. Ele ama de facto, mas não sabe o quê. Não sabe mesmo que espécie de sentimento experimenta nem está em estado de o explicar. É como alguém que, tendo recebido de outro uma oftalmia, não é capaz de dizer a causa. Não se dá conta de que se vê a si próprio no amante como em um espellho. Na sua presença cessa-lhe o sofrimento, como sucede naquele, mas na ausência sente e provoca a mesma saudade: experimenta um anteros como imagem refletida do amor 

PLATÃO, Fedro, 255c-e

14.2.13

ΕΡΩΣ ΚΑΙ ΑΝΤΕΡΩΣ


Antes da entrada para a Academia [fora de Atenas] está um altar a Eros, com uma inscrição de que Kharmos foi o primeiro Ateniense a dedicar um altar a este deus. O altar dentro da cidade era chamado de altar de Anteros dizem que fora dedicado por estrangeiros que ali habitavam, pois o ateniense Meles, desprezando o amor de Timagoras, um estrangeiro, levou-o a subir ao ponto mais alto de uma pedra e se lançar para baixo. Quando Meles viu que Timagoras estava morto, sofreu tal surto de remorso que se jogou da mesma pedra e assim morreu. A partir de então os estrangeiros veneravam como Anteros o espírito vingativo de Timágoras

PAUSÂNIAS: Descrição da Grécia, 1. 30. 1

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