10.9.08

Η ΟΜΟΦΥΛΟΦΙΛΙΑ ΣΤΗΝ ΑΡΧΑΙΑ ΕΛΛΑΔΑ 1

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O helenista inglês Kenneth J. Dover, autor do estudo "Homossexualidade Grega", baseou sua análise das contradições do homossexualismo masculino nas representações de ânforas, vasos ilustrados que os gregos eram mestres em produzir. Dover mostrou que a sociedade grega era francamente favorável ao relacionamento entre dois homens, embora aquele que penetrasse fosse considerado mais viril. Segundo o autor, o homem adulto perseguia os mais jovens, mas sexo entre homens da mesma idade era algo escandaloso. A homossexualidade grega lícita era sempre entre um adulto e uma criança ou jovem adolescente.
Nos exércitos, o rapaz mais jovem, de aspecto mais feminino, era automaticamente escolhido como o parceiro passivo, e o maior, o mais masculino e peludo, como o ativo. Era habitual que o homem mais velho que se apaixona e persegue o menino receba todo o encorajamento, enquanto espera-se que o menino resista. Há uma relação com os costumes atuais nas relações heterossexuais, onde o rapaz persegue a moça e sempre espera-se que ela diga "não", mas que o rapaz continue a tentar fazê-la dizer "sim". Um pai fica furioso quando sua filha é seduzida pelo filho do vizinho, e ao mesmo tempo orgulhoso quando seu filho seduz a filha do vizinho.
Era comum a aceitação moral e até o incentivo social do homossexual masculino ativo e a condenação dos meninos que tinham prazer, ou que permaneciam como passivos "após o crescimento da barba" (puberdade). Heródoto, falando da adaptabilidade dos persas e sua disposição a adotar costumes de outros povos, diz que eles aprenderam dos gregos a pederastia, e a classifica como "uma das boas coisas da vida." Homero diz que Ganímedes era o mais belo jovem do mundo, e ele é dado a Zeus como encarregado dos vinhos. Entretanto, a beleza não é de fato uma boa qualificação para servir vinho, a melhor qualificação é ter mão firme.
Em Esparta, quando o menino entrava em apuros, as autoridades procuravam o seu "erastes" (amante) e não o pai como responsável. Era uma característica de muitas sociedades guerreiras. Havia entre eles o costume do guerreiro, entre 18 e 25 anos, manter em sua companhia um menino (não uma mulher ou moça porque não eram permitidas no acampamento) com o qual copulava entre as coxas. Quando seu período de serviço militar terminava, o jovem presenteava o menino com armas, um escudo e lança, e depois partia e se casava. Em outras palavras, com os gregos, ele passava por uma fase homossexual, que a um ponto socialmente determinado era interrompida, e depois tornava-se heterossexual.
O caráter institucional da homossexualidade na Grécia não permitia a formação de uma sub-cultura, pois ela ocupava uma posição central na sociedade. A pederastia militar também existiu na Grécia desde tempos antigos. Ainda que as várias fases da antiga civilização grega apresentassem posicionamentos por vezes diversos quanto à questão homossexual, variando de intensidade, a permissividade social sempre existiu. Em Esparta a pederastia fazia parte da educação, sendo recomendado aos jovens da aristocracia que tivessem amantes do mesmo sexo.
O hábito mais usual referente à homossexualidade era o de senhores terem jovens rapazes, aos quais deviam ensinar os métodos do sexo. Tais jovens eram muitas vezes indicados pela própria família para tal função. Sem dúvida o que mais se impressionava ao analisar a homossexualidade na antiguidade é o fato de, salvo raríssimas exceções, todos os grandes nomes daquela época, sejam filósofos, políticos, soldados ou poetas (entre outros, a saber: Platão, Aristóteles, Sócrates, Aristófanes e Alexandre o Grande) terem mantido relações homossexuais ou tratado destas em suas obras de maneira receptiva.

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